No lugar onde pertenço

Fecho os olhos de prazer
Um sorriso que surge
A brisa, o restolhar dos ramos
Asas de pássaros e insectos
As patas da aranha na sua teia
As vibrações da terra sob os meus pés
O silêncio que é tudo menos...silencioso.
Estico-me mais um pouco
neste meu leito de pedra,
macio,
que faz cócegas.
Gargalhadas que ecoam
Memórias de outros verões
em que a proporção das coisas era diferente.
O mundo visivel era maior.
O Outro era imenso.
Canto melodias de sempre.
O sol acima da cerejeira
jogos de luz no meu rosto
Viro-me...
[Árvores, mato, serras, céu.]
E tudo é longe
tudo é eterno
img: Ninoka- Lugar Especial, terra 2005 Poema com que participei no desafio "Aquele Lugar Especial" no Fórum Sevenwaters
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